sábado, 19 de novembro de 2011

Visões sobre São Paulo


Meus amigos vivem me perguntando o que estou achando de SP, como estão as coisas aqui, se já me acostumei... Bem, pensando sobre isso tirei algumas conclusões e gostaria de compartilhá-las aqui.




São Paulo é um lugar...

Que é frio e é quente
Cheio de pessoas sérias e pessoas alegres
Gente estressada, gente correndo para todo lado
Para qualquer lugar, mas sempre com pressa de chegar
Em qualquer dia, em qualquer horário
Pouco importa, estão sempre correndo pra qualquer lugar...

Pessoas impacientes e pessoas educadas
Trânsito louco e trânsito constante
São Paulo é veloz, muito veloz
Não existem lugares vazios
O vazio aqui é só dentro de você, se acontecer
Lugar vazio aqui é só ilusão, não existe

É um lugar intenso
Pessoas intensas, pessoas superficiais
Pessoas amigas, pessoas distantes
Cheio de verdades e de mentiras também
Repleto de ilusões e esperanças
De conflitos e soluções
Parcerias e separações
Arte e Cultura
Mas também de muito abandono

Pessoas de todos os lugares
E algumas que parecem vindas de lugar nenhum
Parece que aqui tem tudo de todo mundo
E de tudo um pouco parece que há
Aqui nesse lugar

Um lugar com muito concreto e asfalto, é fato
Mas ao contrário do que se pensa, também tem muito verde
Por incrível que pareça, existem pontos de paz

Existem desencontros pra todo lado
Mas também é possível se encontrar e encontrar coisas em você que pareciam perdidas há muito

Em um único dia é possível dar de “cara” com toda a metereologia existente na terra
Um lugar que te irrita e na próxima esquina te surpreende com algo que te fascina

Lugares feios e lugares lindos
Muita riqueza, muita pobreza
Aqui é um lugar de muito, tudo aqui é “muito muito”
Aqui só existe o tudo, não tem espaço para o nada e quase para nada também
Se havia ele já foi ocupado por alguma nova estação de metrô
Uma nova rua, um novo prédio, um novo shopping, uma nova loja, um morador de rua
Ou por qualquer coisa que ocupe espaço
Pouco importa, porque aqui parece que tudo pede para ser preenchido

Não sou nem contra nem a favor
Por que São Paulo?
São Paulo não tem nada demais e nem de menos

Estou aqui porque aqui é o lugar onde eu devo estar

São Paulo é um lugar de extremos
São Paulo é um lugar de opostos
São Paulo é um lugar de ponto, vírgula, ponto e vírgula, exclamação, interrogação e reticências, muitas reticências, muitas mesmo!

Impossível definir ou dizer tudo, mas resumo assim:

... Um lugar de extremos intensos...
... E intensos extremos...




19/11/2011 diretamente de algum lugar de São Paulo...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pra Depois

Última postagem da minha pequena série "REENCONTRO".
Não sei dizer se é a que mais gosto, mas está cotada entre as "mais mais".





"Pra depois

Guardar tudo pra um futuro que nunca chega. 
Guardar o dinheiro pra uma casa que nunca chega, pra uma viagem que nunca é feita, guardar o tempo de se divertir pra trabalhar esperando uma bonança que não vem, guardar o afeto pra um grande amor que promete, guardar os planos pra hora que o homem aparecer, economizar na dedicação, na escarafunchamento da loucura, deixar as coisas se deteriorarem pra cuidar depois, quando algum próximo aparecer, aí cuidar, no imediatismo do amor, que vai, novamente, dar com os burros n'água, por que sempre dá, se jogar, de joelheiras, querer, mas só um pouquinho, querer, mas não agora, querer o impossível que nunca realiza e nos deixa com a sensação de falta, constante, falência múltipla do amor, morte por sufocamento, viver economicamente, sem riscos nem apostas, com a suposta sensação confortável de que até você, só chega a parte boa da vida."


Antonia Pellegrino
www.escritorassuicidas.com.br



Escrevi algumas coisas nos últimos dias, reencontrei mais outras que escrevi já há algum tempo e pretendo disponibilizar aqui em breve.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Eterno Retorno

Adoro muito esse texto, espero que alguém tenha disposição para lê-lo! 
Para quem gosta, aproveite! Para quem ainda não conhece, aproveite! 



"O eterno retorno é uma idéia misteriosa, e Nietzsche, com essa idéia colocou muitos filósofos em dificuldade: pensar que um dia tudo vai se repetir tal como foi vivido e que essa repetição ainda vai se repetir indefinidamente! O que significa esse mito insensato?

O mito do eterno retorno nos diz, por negação, que a vida que vai desaparecer de uma vez por todas, e que não mais voltará, é semelhante a uma sombra, que ela é sem peso, que está morta desde hoje, e que, por mais atroz, mais bela, mais esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor, não tem o menor sentido. Essa vida não deve ser considerada mais importante do que uma guerra entre dois reinos africanos do século XIV, que não alterou em nada a face do mundo, embora trezentos mil negros tenham encontrado nela a morte através de indescritíveis suplícios. (...)

(...) Se cada segundo de nossa vida deve se repetir um número infinito de vezes, estamos pregados na eternidade como Cristo na cruz. Que idéia atroz! No mundo do eterno retorno, cada gesto carrega o peso de uma insustentável leveza. Isso é o que fazia com que Nietzsche dissesse que a idéia de eterno retorno é o mais pesado dos fardos.
Se o eterno retorno é o mais pesado dos fardos, nossas vidas, sobre esse pano de fundo, podem aparecer em toda a sua esplêndida leveza.

Mas, na verdade, será atroz o peso e a bela a leveza?

...O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo tempo a imagem da mais intensa realização vital. Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais ela é real e verdadeira.

Por outro lado, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, com que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificantes.

Então, o que escolher? O peso ou a leveza?

Foi a pergunta que Parmênides fez a si mesmo no século VI antes de Cristo. Segundo ele, o universo está dividido em duplas de contrários: a luz e a obscuridade, o grosso e o fino, o quente e o frio, o ser e o não-ser. Ele considerava que um dos pólos da contradição é positivo (o claro, o quente, o fino, o ser), o outro, o negativo. Essa divisão em pólos positivo e negativo pode nos parecer de uma facilidade pueril. Menos em um dos casos: o que é positivo, o peso ou a leveza?

Parmênides respondia: o leve é positivo, o pesado negativo. Teria ou não razão? Essa é a questão. Uma coisa é certa. A contradição pesado-leve é a mais misteriosa e a mais ambígua de todas as contradições.
(...)"



Texto:
" A Insustentável Leveza do Ser" - Milan Kundera - Primeira parte: A Leveza e O Peso - Trechos extraídos das páginas 9, 10 e 11.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Reencontro... "METADE"

"Andei" encontrando alguns "escritos" que eu gosto muito e queria muito que fossem meus, mas não são. 
Quero "(a)mostrá-los" para que as pessoas que passam de vez em quando por aqui e ainda não os conhecem, passem a conhecê-los.
Aqui vai o primeiro, muito famoso...





Metade - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que triste
que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
e a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é a canção
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Movimento



Encontrei um pequeno poema, provavelmente inacabado, mas gostei de "revê-lo"!
Compartilho aqui, então, o "movimento"...




E tudo caminha mesmo sem sentir
Mesmo sem sentido
E tudo caindo
Mas ali está o caminho

Sempre me surpreendo
Com a capacidade de renovação
Da vida
Da minha vida

Tudo em movimento
Me sinto por dentro
Movimento a vida
Movimento a minha vida



Possivelmente escrito em 03/07/2007.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seguindo o fluxo...

Odeio ser clichê, mas algumas coisas merecem ser compartilhadas...
E como não estou ainda muito disposta a publicar aqui meus últimos escritos (ainda preciso preparar minha mente para aceitá-los on line...rs), vou seguir o fluxo do dia e publicar o vídeo do famoso discurso de Steve Jobs.
Só digo (ou melhor, peço!) uma coisa: saibam "pegar" as palavras e usá-las com sabedoria. De nada adianta um grande "poder" se você não souber utilizá-lo. 
Sabendo interpretar e adaptar o que ali foi dito, podemos conseguir um grande aprendizado para qualquer coisa em nossa vida.
É isso.


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=66f2yP7ehDs

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

3 - VERSOS



Finalizando minha "pequena sessão" de "Tabacaria" do Fernando Pessoa, deixo aqui um último pedacinho desse poema que adoro...


"(...)Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.(...)"




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

2 - PENSAMENTOS

Continuando em "Pessoa"...


(...)Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim…
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,(...)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

1 - SENTIMENTOS

Sinto não haver tanta inspiração e disposição para escrever ultimamente.
Tenho lido mais do que escrito, o que é bom, porque fazia um tempo que eu não lia muito...
Compartilharei aqui trechos do poema que provavelmente é o meu preferido. (E que por vezes haverão trechos aqui perdidos por entre as linhas "desse  meu pensamento on line".)


Tabacaria


"Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido."


sábado, 17 de setembro de 2011

Tá faltando...

Não é como me sinto agora, mas já me senti assim por várias e várias e várias...
...vezes.


"Penso ser tudo o que penso e pensei
Vou seguindo acreditando que sou tudo o que imaginei
Vejo imagens
Olho para o passado
Ouço sons e vozes que não são mais
Remeto-me a sensações que tive
E me sinto tão bem
Ao mesmo tempo sinto algo fora do lugar
Existe algo que não tem nexo
Nesse processo
De sentir o que sou
Vejo um retrocesso
Sinto sempre que falta algo
Por que me sinto assim?
Penso ser tudo aquilo que sou
Olho em volta e vejo que não há lugar
Que não há pedaço
Que falta algo
Não entendo
Não descubro
Só engulo
O processo
Sem sucesso desse retrocesso
Incessante
Que insiste em voltar
Sempre
E sempre"


19/07/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tirando a poeira...

Sem muitas palavras, venho aqui dizer isto:


"Sentir é estar distraído." (Fernando Pessoa)


E é isso, apenas isso.


Sentindo...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Nostalgia, talvez....

Enquanto escrevia essas palavras pensava em toda minha vida. Na verdade tentava eu, fazer um apanhado daquilo que ainda é papável pela memória, pelos fatos, pelos acontecimentos, pelos registros. Tenho tantas coisas em mente, na mente... Tantas coisas na cabeça, tantos problemas, tantas preocupações, tantas dúvidas, angústias... Tão poucas soluções...
...Enfim...
Em meio a tudo isso uma única coisa me veio a mente que faço questão de registrar e que não acho que tenha nada de original. Os Registros. Quero falar dos nossos registros. Registros de vida que guardamos por conta "própria". 
É engraçado pensar nisso e mais ainda pensar na evolução deles...
Antes era só pegar um album de fotos e sair contando toda a saga daqueles momentos ali congelados para "sempre". Ou pegar objetos, coisas afins e falar sobre. Hoje em dia pegamos cd's, dvd's, pendrives ou coisas parecidas e ali dentro, simplesmente, vai conter tudo! Tudo mesmo! Fotos, fotos e mais fotos! Vídeos, arquívos diversos, aquela poesia que você "transcreveu" algum dia para o "PC", músicas, discografias...etc! Pouco importa. O Mundo está a cada dia mais compacto. Tudo o que você precisa, ou "tudo" do qual você precisa lembrar vai caber num CD ou DVD.

Seria isso bom ou não? Quem sou eu para julgar, mas a cada dia que passa me sinto mais do que nunca uma "mídia removível"...ou não, renovável, ou não....

Tudo meio louco, meio bobo, mas pelo menos estou aqui. Pouco importa para o mundo "o como", mas Eu Estou AQUI!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sobre Pessoa, Dias, Noites, Agradecimentos... ETC!


Créditos da ilustração: http://garabujas.wordpress.com/2011/06/13/para-viajar-basta-existir-2/ 
Pedro Ewbank


"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Sem dúvida esse é a minha poesia preferida de Fernando Pessoa. Já que hoje ele faria 123 anos e até o google está homenageando ele, eu decidi começar meu post de hoje com um trechinho da poesia "Tabacaria" que tanto amo. Se alguém quiser ela completa é só clicar nesse link aqui http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php 

Quero agradecer a galera que visitou meu último post e deu uma força pra minha banda. Muito obrigada pessoas! Se vocês puderem continuar ajudando eu agradeço muito!
Agora, voltemos as poesias e ao mundo das palavras escritas e não ditas!

Ultimamente tenho pensado muito, mas tenho escrito pouco. Hoje mesmo escrevi uma pequena poesia, mas a achei tão confusa e meio "não dita" que vou esperar ela atingir a maturidade para publicá-la...rs
Por enquanto é isso e fiquem com uma "micro" poesia "das antigas"...

Existem dias que parecem noites...
Há alguns dias só vejo noites...
Fase negra?
Será?
Não sei
Mas adoro preto
Sempre gostei...
Não gosto de escuro
Prefiro a penumbra
Luz indireta...
Pairam em minha mente perguntas escuras tentando iluminar incertezas inexistentes 
Em dias que já nem são tão mais claros que a noite...


A data provável desse pequeno escrito é 02/07/2006. Antigo e pequeno, mas eu gosto muito!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Madrugando... Pedido Especial!







Boa noite e bom dia! 

    Primeiramente quero agradecer a quantidade de visualizações e comentários que tenho recebido em relação ao meu blog. Obrigada mesmo pessoas, vocês tem feito a minha felicidade! hehehe
O post de hoje é mais descontraído e também para fazer um pedido especial.
Acredito que todos que me seguem sabem que tenho uma banda e que ela se chama Mafalda Morfina. Nós somos uma banda independente e precisamos sempre do apoio da galera que curte nosso som para atingirmos objetivos mais altos. Então quero pedir, encarecidamente, (se for possível, claro...rs) para vocês acessarem um link para ajudar a gente! =)
É uma campanha que estamos fazendo para tocar no ShowLivre.com, que é um site muito importante no cenário da música, no qual as bandas se apresentam ao vivo com transmissáo pela internet. Esse site pode  ajudar muito na divulgação do nosso trabalho. É super simples e rápido pedir a banda como atração!
É só clicar nesse link https://www.facebook.com/pages/Showlivre/310192278144?ref=ts&sk=app_122139254463179 que irá aparecer uma página do facebook. E aí é só preencher o formulário que vai aparecer logo abaixo da imagem com seu nome, email e a atração que você quer, nesse caso a MAFALDA MORFINA.



Pronto pessoas! Fazendo isso vocês estarão ajudando a gente e ajudando MUITO!


No próximo post prometo publicar algo novo que estou escrevendo esses dias.
Por enquanto é isso e agradeço muito, de coração mesmo a todos que puderem ajudar e a todos que mesmo sem poder ajudar estão por perto torcendo de alguma maneira!

Mil beijos e abraços e até o próximo!


terça-feira, 31 de maio de 2011

Relembrando...

Escrevi esse texto há algum tempo atrás e publiquei no meu fotolog. Agora decidi publicá-lo novamente aqui. Nem lembro ao certo quando e por que o escrevi, mas é fato que gosto dele! Apreciem com moderação! E seguindo uma dica preciosa, dizem que ele fica interessante também lido de baixo para cima...

O Frio

Foi uma grande dor
Ninguém pode imaginar o que aquelas palavras atingiram
Meus olhos não conseguiram suportar o que sangrava de dentro da alma

Aquele olhar enfurecedor atirava ódio ao próprio coração
Três noites sem dormir
Minha alma chora até agora
Meus olhos tentam não sangrar

O nó está em meu corpo até agora
A madrugada foi mais fria que qualquer noite polar
Era um frio que doía
Doía na alma

Niguém pode imaginar o que partiu dentro de mim
A dor que estou sentindo nem sei se vai passar
Como sempre o erro nos fazendo pagar
E quando não se teve escolha em errar?

Quando não se tem escolha
Quem acusar?

Jamais esquecerei
Como sempre a maior arma de todas é usada mortalmente:
PALAVRA.

Pior que isso
Junta-se um olhar
Que vem do passado
Do fundo do nada infundado em fatos abstratos

Passado distante
O tempo inteiro acordado
Eu sempre irei pagar
Por não ter podido parar quando eu não podia

Por não ter gritado socorro quando eu não podia
Por não ter lutado ou jogado tudo pro alto
Quando era impossível fazer isso...

Pego todas as armas
Aqui postas
Aqui expostas
E atiro, atiro, atiro, atiro e a tiro e atiro e a tiro...

Contra meu próprio coração
Eu que nem sei pelo que pago
Fatos abstratos
Passado inundado
Armas usadas
Atiradas no penhasco
Atiradas ao passado de fatos abstratos
A tirada de corpo fora

Fora do corpo
E agora?
As armas estão postas
Aqui expostas





Escrito em 16 de julho de 2006 por volta das 15h na cidade solar...

sábado, 28 de maio de 2011

Pensando um pouco, só para variar...





Mais uma semana da minha vida se passou e dentro dela ficaram meus pensamentos que também agora são "passados", apesar de alguns terem ficado por aqui. Pensei, pensei mais um pouco e pensei muito esses dias. Inclusive pensei também em atualizar isso aqui, mas pensei tanto que o tempo foi passando... Como sempre. Isso é só uma prova de que pensar muito sem agir não resolve, então aqui estou. Meio que sem motivo, meio que sem saber, mas aqui estou, sempre tendo algo a dizer. Mais uma vez publicarei uma poesia, essa é mais recente e, diria até, mais dolorida. Atualmente não dói mais. Quando eu fiz doeu muito, agora não dói mais. Então eis aqui!


ESTÁ PROVADO, CONSUMADO
ULTIMADO, ULTRAPASSADO
TUDO JÁ FOI DITO E CONFIRMADO
SÓ RESTA AGORA UM PASSADO

LEGITIMADO OU CONFISCADO?
TUDO AGORA PARECE EXATO
NESSE FATO SEM ATO
TOTALMENTE APAGADO

SOCORRO ALGUÉM ME TIRA DAQUI
QUE EU NÃO QUERO MAIS
TODO ESSE FARDO
DESSE ATO SEM NOÇÃO

SÓ QUERO UM ESPAÇO
UM CRESCIMENTO
UMA ILUSÃO
UM SENTIMENTO
UM CORAÇÃO

SERÁ?
E TUDO ISSO?
E O VAZIO?
E O ESPAÇO?
NOSSA QUE BURACO!
NÃO SEI O QUE FAZER
NÃO SEI PRA ONDE
NEM SEI MAIS O QUE FAÇO

O QUE FAZER COM ESSA HORA
ESSA SOBRA
ESSE RESTO
ESSE EXCESSO DE ESPAÇO???


06/01/2011
Uma noite dolorida sem fim...

Até o próximo futuro do passado próximo do presente próximo do futuro! 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dando uma chance...

Nossa gente, semana passada eu fiquei possessa com esse bagulho aqui...rs... 
Primeiro ficou fora do ar mais de 1 dia, segundo, apagaram minha publicação, depois colocaram de volta e quando devolveram, devolveram sem os comentários.
Fiquei "P" da vida, ninguém merece, mas enfim...
Bom, a questão é que acabei criando outro blog, mas como mal dou conta de 1, imagina de dois. Criei no WordPress, mas por enquanto deixa quieto, vou dar uma chance aqui ao blogspot...rs

Sem mais delongas, estou aqui hoje para postar uma poesia que eu ia postar na semana passada. Espero que gostem! Ele faz parte das poesias do 2º semestre de 2007... Segue abaixo! =)



Entorpece

Agora que anoitece e que a noite me entorpece me resta a minha imensa e infinita solidão
Sem saber exatamente o que fazer ou para onde ir
Tenho tantas possibilidades dentro do meu quadrado amarelo encardido que nem sei (exatamente por onde começar)*
Prefiro extravasar até esvaziar pela noite adentro
Até encontrar um momento em que em meio a tanto emaranhado de sentimento
Eu encontre o caminho do inconsciente (ou do subconsciente)*
Pouco importa, o que realmente interessa é ficar aparentemente dormente, sem saber o que exatamente é gente, sem saber a realidade do que se sente

Momentos soltos em imensas prisões; é assim que me vejo agora
Livre para me soltar em breves momentos de pressão
Em momentos produtivos em meio ao caos e a confusão

Horas de silêncio noturno
De madrugadas adentro
De noites ditas como não dormidas
Mas encaradas como diversamente produtivas independentemente da forma ou padrão

Sinto uma imensa vontade a me tomar
Um desejo incontrolável de seguir indefinidamente pelas palavras, de entrar noite adentro, madrugada a fora sem rumo e sem notícias
Sem passado e sem agora (mesmo)*

Não me reconheço no lugar onde estou (nem sei que paredes são essas)*
Sinto-me no vácuo da estrada
Sinto-me no nada
A realidade me parece meio abstrata, mas sei que a evito, pelo menos por hora
Sei que necessito, mas, por favor, não agora em que a hora me consome



*partes que eu ia retirar da poesia, mas acabei decidindo deixar para que vocês a conheçam como ela foi escrita, por inteiro!

Ensaiando...

Essa "poesia" (nem sei se é mesmo...rs) escrevi há algum tempo e, para falar a verdade, nem a data eu tenho registrada. Mas o que é marcante no que escrevi é que me lembro perfeitamente dessa noite, de tudo o que aconteceu e como eu estava me sentindo nesse momento. Não é uma obra prima, mas é bem sincera e honesta com meus sentimentos. Nunca gosto do que escrevo, na verdade é muito raro eu curtir algo que eu escrevi, mas farei uma "forcinnha" para dividir meus textos novos e antigos com vocês. Espero que gostem!


Ensaiava eu, enquanto lia
Sobre a cegueira
Isso mesmo
Aquele ensaio necessário

Quando dou por mim ouço sua voz a me chamar
Novamente?
Outra vez?
Não posso crer

É demais para uma noite
Aprender a ver sem olhar
A tocar sem sentir
A sentir sem ver

O pior de tudo é a espera de esperar
Sem saber mais ainda o que esperar
Ou se existe o esperar
Se é notável o pesar

É ouvir da boca doce o amargo da ausência
Sentir que nem sempre a escuridão é negra
Ou que a luz é branca
Porque o inesperado está aí na porta

Prefiro-me agora com os olhos fechados
Cegos mesmo, na ilusão
Sem noção do saber
Do querer

Porque eu insisto em querer ver sem olhar
Tocar sem sentir
Sentir sem olhar
E chegar lá sem notar

Cego-me diante da luz
Porque o ponto de maior escuridão é exatamente embaixo dela
Porque existir não importa
O que importa o quanto se faz ver a clareza?

Não importa o quanto escuro esteja
Pouco importa o tanto que esteja claro
Quem vai ver não está fora
Quem vê está por dentro



Em alguma noite do 2º semestre de 2007...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Chegou a hora!

Acho que esse é o momento certo de voltar. Muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo... Coisas maravilhosas e coisas muito difíceis de lidar, coisas que trazem dúvidas e medo. No entanto, como é de costume, eu sempre digo "vai dar tudo certo". Não sei onde aprendi isso ou como isso se instaurou em mim, mas é um sentimento que habita em mim de tal forma que fica impossível desistir diante das dificuldades do caminho a essa altura da vida. Parece meio abstrato o que estou falando, mas é bem isso mesmo: sem menos e sem mais.
Minhas hora de voltar está motivada por diversas coisas, mas talvez a principal delas seja o fato de que tenho muito o que mostrar. Não sei se muito irão ver, mas as palavras estarão postas aqui para quem quiser "degustá-las" de alguma maneira.
Bem, são 03:04 h e eu preciso dormir, amanhã prometo publicar meu primeiro texto, que a propósito será de algo que escrevi há muito tempo, mas antes de partir, deixarei uma frase linda que criei essa semana e gostaram. Espero que vocês gostem também. "Fiz" ela em homenagem a parte da minha vida que funciona super bem nesse momento, então lá vai:

A Vida vira para mim e diz: - "Carla, minha filha, eu vou te dar um presente. Do jeito que vc gosta, porque achamos que você está merecendo. Afinal minha filha, já foram muitas porradas que eu dei em você nos últimos tempos, não é mesmo? Então, com sinceros pedidos de desculpa e esperando sua compreensão, segue seu presente: (segredo...rs). Espero que você goste. Atenciosamente, a Vida."

Ah, não é lá grande coisa, mas ficou bonitinho não é?
Só digo uma coisa: gostaram...rs

Abraços e até!