terça-feira, 31 de maio de 2011

Relembrando...

Escrevi esse texto há algum tempo atrás e publiquei no meu fotolog. Agora decidi publicá-lo novamente aqui. Nem lembro ao certo quando e por que o escrevi, mas é fato que gosto dele! Apreciem com moderação! E seguindo uma dica preciosa, dizem que ele fica interessante também lido de baixo para cima...

O Frio

Foi uma grande dor
Ninguém pode imaginar o que aquelas palavras atingiram
Meus olhos não conseguiram suportar o que sangrava de dentro da alma

Aquele olhar enfurecedor atirava ódio ao próprio coração
Três noites sem dormir
Minha alma chora até agora
Meus olhos tentam não sangrar

O nó está em meu corpo até agora
A madrugada foi mais fria que qualquer noite polar
Era um frio que doía
Doía na alma

Niguém pode imaginar o que partiu dentro de mim
A dor que estou sentindo nem sei se vai passar
Como sempre o erro nos fazendo pagar
E quando não se teve escolha em errar?

Quando não se tem escolha
Quem acusar?

Jamais esquecerei
Como sempre a maior arma de todas é usada mortalmente:
PALAVRA.

Pior que isso
Junta-se um olhar
Que vem do passado
Do fundo do nada infundado em fatos abstratos

Passado distante
O tempo inteiro acordado
Eu sempre irei pagar
Por não ter podido parar quando eu não podia

Por não ter gritado socorro quando eu não podia
Por não ter lutado ou jogado tudo pro alto
Quando era impossível fazer isso...

Pego todas as armas
Aqui postas
Aqui expostas
E atiro, atiro, atiro, atiro e a tiro e atiro e a tiro...

Contra meu próprio coração
Eu que nem sei pelo que pago
Fatos abstratos
Passado inundado
Armas usadas
Atiradas no penhasco
Atiradas ao passado de fatos abstratos
A tirada de corpo fora

Fora do corpo
E agora?
As armas estão postas
Aqui expostas





Escrito em 16 de julho de 2006 por volta das 15h na cidade solar...

sábado, 28 de maio de 2011

Pensando um pouco, só para variar...





Mais uma semana da minha vida se passou e dentro dela ficaram meus pensamentos que também agora são "passados", apesar de alguns terem ficado por aqui. Pensei, pensei mais um pouco e pensei muito esses dias. Inclusive pensei também em atualizar isso aqui, mas pensei tanto que o tempo foi passando... Como sempre. Isso é só uma prova de que pensar muito sem agir não resolve, então aqui estou. Meio que sem motivo, meio que sem saber, mas aqui estou, sempre tendo algo a dizer. Mais uma vez publicarei uma poesia, essa é mais recente e, diria até, mais dolorida. Atualmente não dói mais. Quando eu fiz doeu muito, agora não dói mais. Então eis aqui!


ESTÁ PROVADO, CONSUMADO
ULTIMADO, ULTRAPASSADO
TUDO JÁ FOI DITO E CONFIRMADO
SÓ RESTA AGORA UM PASSADO

LEGITIMADO OU CONFISCADO?
TUDO AGORA PARECE EXATO
NESSE FATO SEM ATO
TOTALMENTE APAGADO

SOCORRO ALGUÉM ME TIRA DAQUI
QUE EU NÃO QUERO MAIS
TODO ESSE FARDO
DESSE ATO SEM NOÇÃO

SÓ QUERO UM ESPAÇO
UM CRESCIMENTO
UMA ILUSÃO
UM SENTIMENTO
UM CORAÇÃO

SERÁ?
E TUDO ISSO?
E O VAZIO?
E O ESPAÇO?
NOSSA QUE BURACO!
NÃO SEI O QUE FAZER
NÃO SEI PRA ONDE
NEM SEI MAIS O QUE FAÇO

O QUE FAZER COM ESSA HORA
ESSA SOBRA
ESSE RESTO
ESSE EXCESSO DE ESPAÇO???


06/01/2011
Uma noite dolorida sem fim...

Até o próximo futuro do passado próximo do presente próximo do futuro! 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dando uma chance...

Nossa gente, semana passada eu fiquei possessa com esse bagulho aqui...rs... 
Primeiro ficou fora do ar mais de 1 dia, segundo, apagaram minha publicação, depois colocaram de volta e quando devolveram, devolveram sem os comentários.
Fiquei "P" da vida, ninguém merece, mas enfim...
Bom, a questão é que acabei criando outro blog, mas como mal dou conta de 1, imagina de dois. Criei no WordPress, mas por enquanto deixa quieto, vou dar uma chance aqui ao blogspot...rs

Sem mais delongas, estou aqui hoje para postar uma poesia que eu ia postar na semana passada. Espero que gostem! Ele faz parte das poesias do 2º semestre de 2007... Segue abaixo! =)



Entorpece

Agora que anoitece e que a noite me entorpece me resta a minha imensa e infinita solidão
Sem saber exatamente o que fazer ou para onde ir
Tenho tantas possibilidades dentro do meu quadrado amarelo encardido que nem sei (exatamente por onde começar)*
Prefiro extravasar até esvaziar pela noite adentro
Até encontrar um momento em que em meio a tanto emaranhado de sentimento
Eu encontre o caminho do inconsciente (ou do subconsciente)*
Pouco importa, o que realmente interessa é ficar aparentemente dormente, sem saber o que exatamente é gente, sem saber a realidade do que se sente

Momentos soltos em imensas prisões; é assim que me vejo agora
Livre para me soltar em breves momentos de pressão
Em momentos produtivos em meio ao caos e a confusão

Horas de silêncio noturno
De madrugadas adentro
De noites ditas como não dormidas
Mas encaradas como diversamente produtivas independentemente da forma ou padrão

Sinto uma imensa vontade a me tomar
Um desejo incontrolável de seguir indefinidamente pelas palavras, de entrar noite adentro, madrugada a fora sem rumo e sem notícias
Sem passado e sem agora (mesmo)*

Não me reconheço no lugar onde estou (nem sei que paredes são essas)*
Sinto-me no vácuo da estrada
Sinto-me no nada
A realidade me parece meio abstrata, mas sei que a evito, pelo menos por hora
Sei que necessito, mas, por favor, não agora em que a hora me consome



*partes que eu ia retirar da poesia, mas acabei decidindo deixar para que vocês a conheçam como ela foi escrita, por inteiro!

Ensaiando...

Essa "poesia" (nem sei se é mesmo...rs) escrevi há algum tempo e, para falar a verdade, nem a data eu tenho registrada. Mas o que é marcante no que escrevi é que me lembro perfeitamente dessa noite, de tudo o que aconteceu e como eu estava me sentindo nesse momento. Não é uma obra prima, mas é bem sincera e honesta com meus sentimentos. Nunca gosto do que escrevo, na verdade é muito raro eu curtir algo que eu escrevi, mas farei uma "forcinnha" para dividir meus textos novos e antigos com vocês. Espero que gostem!


Ensaiava eu, enquanto lia
Sobre a cegueira
Isso mesmo
Aquele ensaio necessário

Quando dou por mim ouço sua voz a me chamar
Novamente?
Outra vez?
Não posso crer

É demais para uma noite
Aprender a ver sem olhar
A tocar sem sentir
A sentir sem ver

O pior de tudo é a espera de esperar
Sem saber mais ainda o que esperar
Ou se existe o esperar
Se é notável o pesar

É ouvir da boca doce o amargo da ausência
Sentir que nem sempre a escuridão é negra
Ou que a luz é branca
Porque o inesperado está aí na porta

Prefiro-me agora com os olhos fechados
Cegos mesmo, na ilusão
Sem noção do saber
Do querer

Porque eu insisto em querer ver sem olhar
Tocar sem sentir
Sentir sem olhar
E chegar lá sem notar

Cego-me diante da luz
Porque o ponto de maior escuridão é exatamente embaixo dela
Porque existir não importa
O que importa o quanto se faz ver a clareza?

Não importa o quanto escuro esteja
Pouco importa o tanto que esteja claro
Quem vai ver não está fora
Quem vê está por dentro



Em alguma noite do 2º semestre de 2007...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Chegou a hora!

Acho que esse é o momento certo de voltar. Muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo... Coisas maravilhosas e coisas muito difíceis de lidar, coisas que trazem dúvidas e medo. No entanto, como é de costume, eu sempre digo "vai dar tudo certo". Não sei onde aprendi isso ou como isso se instaurou em mim, mas é um sentimento que habita em mim de tal forma que fica impossível desistir diante das dificuldades do caminho a essa altura da vida. Parece meio abstrato o que estou falando, mas é bem isso mesmo: sem menos e sem mais.
Minhas hora de voltar está motivada por diversas coisas, mas talvez a principal delas seja o fato de que tenho muito o que mostrar. Não sei se muito irão ver, mas as palavras estarão postas aqui para quem quiser "degustá-las" de alguma maneira.
Bem, são 03:04 h e eu preciso dormir, amanhã prometo publicar meu primeiro texto, que a propósito será de algo que escrevi há muito tempo, mas antes de partir, deixarei uma frase linda que criei essa semana e gostaram. Espero que vocês gostem também. "Fiz" ela em homenagem a parte da minha vida que funciona super bem nesse momento, então lá vai:

A Vida vira para mim e diz: - "Carla, minha filha, eu vou te dar um presente. Do jeito que vc gosta, porque achamos que você está merecendo. Afinal minha filha, já foram muitas porradas que eu dei em você nos últimos tempos, não é mesmo? Então, com sinceros pedidos de desculpa e esperando sua compreensão, segue seu presente: (segredo...rs). Espero que você goste. Atenciosamente, a Vida."

Ah, não é lá grande coisa, mas ficou bonitinho não é?
Só digo uma coisa: gostaram...rs

Abraços e até!