sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ensaiando...

Essa "poesia" (nem sei se é mesmo...rs) escrevi há algum tempo e, para falar a verdade, nem a data eu tenho registrada. Mas o que é marcante no que escrevi é que me lembro perfeitamente dessa noite, de tudo o que aconteceu e como eu estava me sentindo nesse momento. Não é uma obra prima, mas é bem sincera e honesta com meus sentimentos. Nunca gosto do que escrevo, na verdade é muito raro eu curtir algo que eu escrevi, mas farei uma "forcinnha" para dividir meus textos novos e antigos com vocês. Espero que gostem!


Ensaiava eu, enquanto lia
Sobre a cegueira
Isso mesmo
Aquele ensaio necessário

Quando dou por mim ouço sua voz a me chamar
Novamente?
Outra vez?
Não posso crer

É demais para uma noite
Aprender a ver sem olhar
A tocar sem sentir
A sentir sem ver

O pior de tudo é a espera de esperar
Sem saber mais ainda o que esperar
Ou se existe o esperar
Se é notável o pesar

É ouvir da boca doce o amargo da ausência
Sentir que nem sempre a escuridão é negra
Ou que a luz é branca
Porque o inesperado está aí na porta

Prefiro-me agora com os olhos fechados
Cegos mesmo, na ilusão
Sem noção do saber
Do querer

Porque eu insisto em querer ver sem olhar
Tocar sem sentir
Sentir sem olhar
E chegar lá sem notar

Cego-me diante da luz
Porque o ponto de maior escuridão é exatamente embaixo dela
Porque existir não importa
O que importa o quanto se faz ver a clareza?

Não importa o quanto escuro esteja
Pouco importa o tanto que esteja claro
Quem vai ver não está fora
Quem vê está por dentro



Em alguma noite do 2º semestre de 2007...

7 comentários: