sábado, 8 de junho de 2013

Esperar... (?)

Uma mudança que não acontece
Uma atitude que não chega
Uma conversa que não flui
Uma esperança que não cresce

Sabe como é esperar por algo que não vem (?)
Sabe como é não saber (?)

Pois é
Só sinto isso
O tempo todo
Todo
Tempo

Mudança não acontece
Atitude não chega
Conversa não flui
Esperança não cresce

Não acontece
Não chega
Não flui
Não cresce

Mudança
Atitude
Conversa
Esperança

Só sinto isso
Só sinto
Isso
Sinto



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Sobre o peso (mais uma vez...) ...

O post de hoje é curto e sem muito o que dizer...
É uma música que adoro e que redescobri esses dias.

Tenho pensado muitas coisas e sentido muitas outras, mas por enquanto, vou mantê-las aqui dentro de mim e só.

Eis o trecho mais importante:


"Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça,
Desses dez anos passados (presentes)
Vividos entre o sonho e o som.

Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E que eu acho tão bom."

Quem quiser ouvir a música toda, eis o link:

http://www.youtube.com/watch?v=CLfYj3yryEg

P.S. Qualquer semelhança visual (e por que não de idéias...) entre o Belchior e o Nietzsche é mera coincidência!

sábado, 1 de junho de 2013

Ressucitando


Todos os dias eu penso em escrever.
Todos os dias eu escrevo um pouco, mas nada vai para o papel, fica tudo aqui dentro de mim, quase para explodir.
Tem me faltado o estímulo certo e a vontade, muitas vezes...
Mas tenho tentado, me sinto sempre tentada a continuar...

Confesso que por vezes e vezes perdi o interesse em quase tudo.
E muitas vezes achei que tudo isso não era nada.

Hoje não vi aqui fazer poema ou poesia, vim apenas ressuscitar algo.
Depois que mudei de óculos, cortei o cabelo e perdi meu HD com fotos, escritos e vídeos de toda uma vida, algo se perdeu em mim e se perdeu de mim. Procuro nem pensar nisso todos os dias, mas dói, como dói. Quem já passou por isso sabe.
São vestígios de uma vida dependente da tecnologia.
Quisera eu voltar aos tempos de escritos e mais escritos em cadernos, agendas e papéis que eu espalhava por todos os lugares do meu quarto.
Mas o ritmo da vida não permite mais.
É tudo tão rápido, tudo tão na ponta do dedo, no toque que simplesmente não dá.
Ninguém tem tempo, sempre todos com pressa.
Inclusive eu.

Perdi muita coisa, várias coisas.
Mas a vida é isso: perdas e ganhos.
Aos poucos, tento voltar as coisas que sempre me preenchiam de um jeito único. Como escrever algo, por mais bobo que fosse ou ler um livro.
Falta agora ocupar os espaços vazios pelas imagens perdidas...
E para isso, felizmente o registro da memória ajuda.
Falta a matéria, mas o abstrato e o subjetivo ainda me compõem.

Então é isso.
Hoje é isso.
Aos poucos ressuscito.
Vou seguindo adiante.
Todos os dias penso mais um pouco e aos poucos vou (re)construindo o que deveria estar presente aqui, agora e depois.